
Planejamento de negócios
Planejar um negócio não é nada fácil. Contudo, é uma etapa essencial para o sucesso, mesmo não tendo a ação e emoção de se atuar no ramo pretendido. É muito fácil ignorar o planejamento, mas as consequências disso podem ser desastrosas.
Para evitar problemas de continuidade ou desvios de curso no futuro, é importante elaborar um planejamento de qualidade antes de investir. Planejar, apesar de não ser tão empolgante, pode ajudar seu negócio a crescer.
Pensando na importância dessa etapa em se abrir um negócio, separamos algumas dicas para você elaborar um plano de ação com todos os passos necessários para alcançar seus objetivos.
Os planos de negócio são escritos, geralmente, por empreendedores que estão iniciando um novo negócio. Ele resume, em um documento, quais são as ações que deverão ser tomadas para atingir metas durante todo o tempo ativo do empreendimento.
Vale lembrar que os planos não devem ser fixos logo no início de tudo. Eles devem ser dinâmicos e fluidos, adaptando-se à realidade atual dos momentos vividos pela empresa, levando em conta aspectos da realidade empresarial, do público consumidor e da estratégia da empresa.
Para evitar essa estagnação, é interessante convocar reuniões constantes com sua equipe (ou com os próprios investidores, se houver) para avaliar e definir as metas para os próximos meses, de forma que elas estejam sempre atualizadas.
Uma das vantagens de um planejamento bem estruturado é o seu uso para atrair investidores. É mais provável que um investidor se interesse por um empreendimento baseado em planos sólidos, de forma que será mais fácil atrair sua atenção e interesse.
Além disso, há muitos outros benefícios para o plano. Aqui estão alguns deles:
- Traz senso prático às ações da empresa;
- Define metas e, mais importante, como realizá-las;
- Define os modos de contato com o cliente;
- Identificar e minimizar riscos;
- Identificar pontos fortes e fracos;
- Analisar o desempenho financeiro.
Antes de explicarmos sobre como construir o Plano de Negócios (PN) propriamente dito, traremos alguns pontos a se levar em consideração antes da elaboração:
- Definir os objetivos do PN – Quem vai ler, qual sua função e que informações devem estar contidas nele?
- Atribuir tempo para a elaboração – Quanto mais tempo se investe no PN, melhor seu resultado final, de forma que é muito importante reservar tempo suficiente para construí-lo. Lembre-se, porém, de que este plano será atualizado e revisado no futuro, de forma que não é necessário investir tempo excessivo na sua primeira construção.
- Redação e revisão – Tenha em mente que este plano será analisado por possíveis investidores. É vital que ele seja bem escrito, então busque o auxílio de pessoas capacitadas para uma revisão final;
- Solicitar ajuda – É muito fácil ignorar erros do próprio raciocínio, ainda mais quando se escrevem planos de longo prazo. Busque a ajuda de terceiros para revisar os rascunhos;
- Mantenha um pé no chão – É empolgante pensar em métricas elevadas, mas considere que as metas financeiras estão entre as mais difíceis de se alcançar. Busque a constância nos seus resultados;
- Tenha metas quantitativas e prazos definidos – Não adianta pensar apenas em quais são as metas. É preciso quantificá-las, colocar prazos, definir em detalhes como elas serão cumpridas.
Agora que já temos uma boa noção do que é o planejamento financeiro e de seus pontos de atenção, está na hora de colocar a mão na massa.
Existem diversos preceitos sobre o PN. Alguns métodos são mais complexos que outros, mas todos são válidos desde que elaborados com atenção.
Um dos métodos mais comuns é o planejamento completo, que funciona como um guia de longo prazo para as empresas. Ele deve ser planejado como um “objetivo final” da empresa, mostrando as micro etapas para alcançá-los.
Para complementar o planejamento completo, existem os mini plans, outra forma de trabalho que foca em elaborar etapas com prazo mais curto que as metas do PN, visando os mesmos objetivos finais.
Esse estilo de organização é vantajoso por ser de fácil visualização, e permite que se crie uma noção de etapas para alcançar as metas. Vale lembrar que elas também têm que ser muito bem planejadas, com aspectos quantitativos e prazos definidos.
Por fim há o planejamento parcial, onde, em vez de se criar um plano “definitivo” de longo prazo, planeja-se (mensalmente ou bimestralmente) à curto e médio prazo, com metas mais próximas que as do plano de longo prazo.
Esse estilo de planejamento exige menos manutenção que o planejamento completo e os mini plans, mas precisa ser constantemente revisado para que se continue a utilizá-lo.
Apesar das diferenças entre cada método, todos eles seguem uma estrutura semelhante, com fatores comuns entre seus tópicos:
- Capa e Sumário
A cara do seu planejamento. Aqui, é mais importante pensar em estética que praticidade pura, pois é a primeira coisa que será vista pelos investidores durante uma análise, de forma que deverá chamar atenção e ser atrativa;
- Introdução
Um passo não tão essencial quanto os outros, podendo ser ignorado em alguns casos, mas é uma ótima forma de apresentar sua empresa, com a missão, visão e valores adotados e método de trabalho;
- Planejamento estratégico
O cerne do documento. Aqui é onde estarão contidas as etapas, sua descrição e seus prazos, de forma clara e objetiva. Usualmente, é feito em estrutura de tópicos;
- Serviços/produtos
Aqui, estarão descritos os serviços ou produtos oferecidos por sua empresa, mostrando as etapas de sua elaboração, seus custos e os requisitos para sua realização (equipamentos e capacitações, por exemplo, são requisitos)
- Plano financeiro
É onde estará a descrição das finanças da empresa, mostrando as fontes de entrada, os gastos fixos e a rentabilidade de cada produto/serviço descrito no item anterior, além de um plano de investimento para o futuro do negócio.
- Anexos
Quaisquer anexos relevantes para o planejamento, como imagens ou tabelas informativas, gráficos ou documentos.
Estas são alguns dos tópicos para a elaboração de um planejamento de negócios. Para mantê-lo, são necessárias revisões constantes, não apenas periódicas (com intervalos fixos), mas a cada mudança significativa do mercado.
O planejamento não é um documento estático, ele muda com a empresa e o mercado!
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